Sabe como a gente perde tudo? Eu fiquei assim: não chorei, não falei nada, não pensei nada. Tô pelejando. Aquilo foi coisa do demo, minha mulher estendida, morta na curva. Minha filha ainda disse: "Pai, a mãe ta morta?". Minha filha contava onze e dizia: "Pai é barro!". Não tinha chovido, era sangue. (Trecho do livro "Cabeceiro", de Marcos Dal Bello).
Crimes da elite. Enxergar prosa e poesia na dura realidade brasileira e mundial não é para qualquer um. Na obra "Cabeceiro – Escritos rústicos (prosa, poesia e drama político)", Marcos Dal Bello traça em 200 páginas um perfil do que ele chama de “crimes cometidos pelas elites do Brasil”, sejam eles políticos, jurídicos e econômicos. “Este livro nasce da minha escrita dos últimos 20 anos, que culmina em um blog construído durante o ano de 2009”, diz Marcos. Esse paulista, de 45 anos e radicado em Salvador desde 2004, parte de eventos dramáticos não datados para criticar a afronta aos direitos humanos e civis, a perversidade, a depravação social e a corrupção. (Dadá Jaques, Revista Festa&Folia, Salvador, jan. 2001).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário